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Imposto de Renda: Quais investimentos são mais vantajosos na renda variável?

06/02/2023

Imposto de Renda: Quais investimentos são mais vantajosos na renda variável?

Saber lidar com o imposto de renda na renda variável nem sempre é uma tarefa fácil para o investidor.

Muitos dos que estão começando no mercado financeiro têm dúvidas sobre quais são os investimentos vantajosos, como é a tributação ou sobre o próprio funcionamento do mercado.

Por isso, preparamos este conteúdo para ajudá-lo na jornada de busca por boas oportunidades. Vamos lá?

 

Conheça investimentos vantajosos para o imposto de renda na renda variável

Neste tópico, vamos falar sobre os casos de investimentos em renda variável que adotam isenção de IR.

Trata-se de uma excelente alternativa para os que não desejam pagar o imposto e, ao mesmo tempo, sem deixar de seguir as normas vigentes.

E antes que você se esqueça: apesar de haver isenção, não significa que o investidor estará livre da obrigação de declarar o imposto, certo? São duas coisas distintas.

Então, confira a seguir alguns dos investimentos vantajosos com isenção de IR.

Dividendos

Para começar, você já sabe o que são dividendos?

Eles representam parte do lucro líquido que uma empresa entrega aos acionistas, seja de capital fechado ou aberto. Além disso, há aqueles que são distribuídos de forma periódica aos cotistas.

O valor que o investidor vai receber é proporcional à quantidade de ações.

Tudo bem até aqui?

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), por exemplo, são um tipo de investimento negociado na B3 que pode pagar dividendos. Eles envolvem ações ou papéis do exterior.

A cada ano fiscal, as empresas que operam na Bolsa precisam pagar os dividendos caso haja lucro.

Inclusive, talvez você ainda não tenha ouvido falar da lei das S/A.

É a lei 6.404/76, que estabelece os direitos dos investidores de receber a parcela dos lucros em cada exercício, de acordo com o estatuto da companhia.

O percentual do lucro líquido pode variar entre 1% a 100%.

No entanto, caso haja omissão no estatuto, o percentual é de 50% ao ano, a menos que haja uma assembleia que defina o valor de pelo menos 25%.

Fundos de Investimento Imobiliários

Ainda sobre a isenção de imposto de renda na renda variável, vamos falar dos FIIs.

Os Fundos de Investimentos Imobiliários funcionam com um grupo de indivíduos que desejam investir em ativos imobiliários.

Como isso é possível?

Trata-se de um investimento operado na B3, no qual o investidor realiza a compra de uma ou mais cotas do fundo.

É diferente, portanto, das Letras de Crédito Imobiliário, que são investimentos em renda fixa.

Ele tem rendimentos a partir da valorização das cotas ou pela distribuição dos valores feita por quem administra o FII.

Nesse sentido, é o administrador quem fica encarregado de encontrar investimentos atrativos para que o fundo tenha uma rentabilidade interessante.

E isso não é tudo. Alguns exemplos conhecidos são os denominados fundos de tijolo, fundos de papel e fundos dos fundos.

Os fundos de tijolo são principalmente de empreendimentos físicos, como shoppings, prédios comerciais, hospitais, agências de bancos, entre outros.

Já os fundos de papel são títulos interligados ao setor imobiliário, como CRI e LCI. Por sua vez, os fundos dos fundos são os que operam a partir de cotas de outros FIIs.

Venda de ações até R$ 20 mil

Essa é outra alternativa interessante quando pensamos em isenção de imposto de renda na renda variável.

Você sabia que, se seus lucros em operações na Bolsa forem menores que R$ 20 mil no mês, não precisa pagar o IR? Isso mesmo!

Por exemplo, se você fizer duas vendas de R$ 10 mil ou 5 vendas de R$ 4 mil, ou quaisquer montantes que totalizem menos de R$ 20 mil mensais na B3, não haverá necessidade de pagar o imposto.

Essa regra vale somente para swing trade e não se aplica a day trade.

Para quem não sabe, o day trade se refere à compra e venda no período de 24 horas, enquanto no swing trade as operações acontecem em dias diferentes.

Para conseguir a isenção, é preciso calcular o montante da venda, referente às aplicações de vendas no mês.

E tem mais: a isenção vale apenas para ações. Ou seja, não é condizente com outros fundos como BDRs, opções, ETFs e contratos futuros.

Ações de PMEs

As PMEs também estão na lista da isenção de imposto de renda na renda variável.

Elas são pequenas empresas ou empresas de pequeno porte que recebem até R$ 4,8 milhões por ano, de acordo com a lei 123/06.

Sobre as ações de PMEs, existe a previsão de isenção de IR relativa à alienação de ações dessas empresas. Essa previsão está na lei 13.043/14.

Pela lei de 2014, haverá isenção até 31 de dezembro de 2023 se as empresas seguirem alguns critérios, como:

  • a receita bruta anual precisa ser menor que R$ 500 milhões;
  • o valor de mercado precisa ser menor que R$ 700 milhões;
  • é necessário que a empresa esteja no rol do Bovespa Mais;
  • outros.

Agora preste atenção. Você leu a data com o prazo que mencionamos para obter as ações isentas do imposto, certo?

Para reforçar, o prazo acaba no fim de 2023, a menos que até lá haja alguma previsão contrária.

E qual é o objetivo da lei?

A lei surgiu para que empresas consideradas pequenas em comparação a outras que operam na Bolsa tivessem uma melhor movimentação acionária.

Alguns exemplos de ações que se encaixam nos critérios de isenção são: Brasil Agro – AGRO3, PetroRio – PRIO3, General Shopping – GSHP3, CR2 Empreendimentos Imobiliários – CRDE3, entre outras.

Como escolher os melhores investimentos para o IR na renda variável?

Agora que já vimos os casos de isenção de imposto de renda na renda variável, você pode estar na dúvida: em que devo investir?

Para a escolha do investimento ideal para você, antes de tudo recomendamos que você conheça o seu perfil de investidor.

Se você deseja mergulhar no oceano azul da renda variável, essa escolha dependerá de qual é o seu nível de conhecimento em cada tipo de investimento ou da sua disponibilidade de aprender sobre o mercado, caso seja iniciante.

Além disso, é importante entender a conjuntura econômica para saber as oscilações e as influências dos contextos fiscais e monetários, no Brasil e no mundo.

Em todo caso, podemos dizer que as ações estão entre as melhores formas de investimento para quem deseja montar uma carteira no longo prazo.

Então, você já deve ter lido nossos conselhos e os de outros especialistas. Ou seja, procure empresas com fundamentos sólidos para investir, pensando no retorno não apenas de curto prazo.

O motivo é que as empresas sólidas e com uma distribuição satisfatória de dividendos tendem a contornar crises e a trazer bons retornos no longo prazo.

É possível apostar também em empresas com potencial de crescimento ao analisar previsões de mercado.

Por fim, lembre-se deste princípio de todo bom investidor: diversificar a carteira é sempre a melhor opção.

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