Economia

Economia: O verdadeiro cenário de 2023

30/01/2023

Economia: O verdadeiro cenário de 2023

O cenário para a economia em 2023 já se delineia com estimativas sobre as políticas fiscal e monetária, e seus reflexos sobre os investimentos.

Para quem investe na Bolsa, é sempre bom acompanhar a conjuntura econômica e a visão do mercado financeiro para ter parâmetros de decisão sobre as aplicações.

Mas o que os especialistas têm notado e quais são as expectativas? Alguns dos temas que têm tido destaque nas últimas notícias de economia são os referentes à inflação e a desaceleração este ano, no Brasil e no mundo.

Para entender melhor essas questões, neste artigo vamos falar sobre o atual cenário.

Desaceleração da economia em 2023

A previsão para 2023 é que haja desaceleração da economia em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Este é um dado que causa preocupação às empresas e aos investidores, principalmente se considerarmos que o surgimento das vacinas contra a Covid-19 levou a uma perspectiva de recuperação econômica.

Porém, pelo menos desde a nova onda do vírus na China no fim do ano passado, os países entraram em alerta.

De acordo com o Banco Mundial, a economia global deverá crescer 1,7% este ano. No caso de países desenvolvidos, o crescimento tenderá a ser 95% menor, enquanto nos países em desenvolvimento a queda será de 70%.

O crescimento da renda per capita de países em desenvolvimento está projetado para 2,8%.

Nesse sentido, o relatório Perspectivas Econômicas Globais do Banco Mundial aponta que o cenário para a economia em 2023 é desfavorável e se deve ao retorno da Covid-19.

No caso do Brasil, especialistas estimam que em 2023 a economia vai ter uma desaceleração maior que a média global, com crescimento de 0,5% do PIB.

Já segundo as Nações Unidas, o crescimento do Brasil ficará em torno de 0,8% este ano. Os motivos são a alta dos juros e o ritmo mais lento das exportações. Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 3%.

 

Política monetária

A previsão do Banco Central para 2023 é a de que a inflação não alcance a meta. Mas qual é o valor a ser alcançado? O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de 3,25%.

Considera-se que a meta é cumprida quando oscila entre 1,75% e 4,75%.

Dados de janeiro deste ano do mercado financeiro, divulgados no relatório Focus, preveem que a inflação deverá ser de 5,48%. Ou seja, acima do previsto pelo CMN.

A estimativa de aumento da inflação, em relação à de dezembro do ano passado, que era de 5%, aconteceu quando o presidente eleito declarou que a meta de inflação poderá atrapalhar o crescimento do país.

Inflação alta nem sempre é uma boa notícia para investidores em renda variável, pois os rendimentos podem ser menores que os das taxas de inflação.

De acordo com a Forbes, apenas os investimentos em renda fixa foram superiores à inflação em 2022.

Além disso, sempre que acontece aumento da inflação, os principais impactados são os consumidores de baixa renda, pois o poder de compra é corroído.

Ou seja, além de atrapalhar os investimentos, a inflação tem custos sociais.

Com isso, os gastos do consumidor de baixa renda tendem a se concentrar em itens de subsistência, em setores como alimentação e aluguel, por exemplo.

Política fiscal

Ainda sobre o cenário para a economia em 2023, existem alguns desafios com o novo governo do presidente Lula, o que inclui a política fiscal.

Entre esses desafios, estão a reforma tributária, o controle do déficit das contas públicas e o crescimento econômico.  E, além disso, reduzir a inflação se torna uma necessidade.

Estima-se, no entanto, que a política será expansionista, o que pode levar ao aumento da dívida pública e à própria percepção dos riscos de investir no país.

Com isso, surge a necessidade de aumentar impostos para arcar com as despesas. Afinal, governos de esquerda costumam tentar resolver problemas fiscais com aumento de tributos.

Inclusive, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já anunciou em janeiro que haverá aumento da arrecadação.

O intuito é que o déficit primário de R$ 231,5 bilhões previsto para 2023 se torne um superávit de R$ 11,13 bilhões.

Bolsa de valores

Quando há uma mudança de governo, é normal haver especulações. Vale lembrar que as variações no Ibovespa acontecem de acordo com as percepções do mercado financeiro, ou seja, dos investidores, em relação à economia.

A opinião de especialistas quanto aos investimentos no Ibovespa é de cautela para este ano ao se avaliar a conjuntura internacional.

Existe a possibilidade de recessão na Europa e talvez até mesmo nos EUA. Esse contexto poderá ter reflexos no Brasil e no cenário para a economia em 2023.

No caso do Ibovespa, o preço justo deverá alcançar 125 mil pontos, devido à alta dos juros. Quando há aumento de juros, o valor justo da Bolsa tende a cair.

Porém, ao se avaliar os indicadores de preço em relação aos lucros, eles estão nos menores valores desde 2008, o que torna a Bolsa atrativa.

E apesar do cenário de cautela, investir na renda variável é bom negócio, em especial no caso de ações de empresas com bons fundamentos econômicos e que têm fluxo de caixa positivo.

Inclusive, recomendamos que você leia sobre as dicas de investimento de Warren Buffet.

Commodities

Quanto às commodities, a abertura do mercado chinês poderá ser favorável ao Brasil, por exemplo no caso do minério de ferro.

Muitas empresas brasileiras atuam nas commodities, inclusive o ferro e o aço, como é o caso da Petrobras e da Vale. Consequentemente, a alta do preço dessas matérias-primas tende a beneficiar o setor.

Porém, não significa necessariamente que haverá ganhos maiores que no ano passado, quando houve alcance de patamares altos.

Pode ser que os preços melhorem no decorrer de 2023, o que terá impacto positivo no Ibovespa.

Sobre o petróleo, os preços dos barris estão em valores maiores em comparação ao período anterior à pandemia.

Já para commodities agrícolas, há boas expectativas para 2023, uma vez que a safra de grãos alcançou recordes no ano passado.

Agora você já sabe como estão as expectativas sobre o cenário para a economia em 2023.

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