Renda Variável

Investimento em FII: o que saber antes de apostar?

19/08/2020

Investimento em FII: o que saber antes de apostar?

Mesmo que o mercado financeiro venha mudando, uma prática que ainda é bastante comum entre os brasileiros é a compra de um imóvel físico. Seja para morar ou até mesmo para alugar. Porém, alguns investidores querem diversificar sua carteira, ou iniciar as operações nesse setor, sem adquirir o bem em si. Assim, veem no Fundo de Investimento Imobiliário ― também chamado de investimento em FII ― uma excelente oportunidade de lucro.   

Afinal, além de não precisar se preocupar com a administração e manutenção do imóvel adquirido, o investidor pode, em alguns casos, ser isento de IR e ainda receber uma quantia de lucro mensal. Em 2020, mesmo com a queda de juros e da taxa Selic, a pandemia de Covid-19 também afetou esses investimentos que, em um primeiro momento, tiveram uma estagnação no mercado. Mas, desde abril, já se encontram em recuperação e crescimento, segundo o portal E-Investidor 

Para investir nesse tipo de renda variável, deve-se entender como ele funciona. Por isso, este artigo traz informações que você precisa saber antes de apostar no investimento em FII. Confira! 

Veja agora o que são os Fundos de Investimentos Imobiliários 

Antes de mais nada, você precisa saber que os Fundos de Investimentos Imobiliários são grupos de investidores que possuem o objetivo de destinar seus recursos em diversos tipos de aplicações no setor. Isso vale tanto no desenvolvimento de empreendimentos quanto em edificações já prontas, tais como shoppings, hospitais e edifícios comerciais. Dessa forma, ao fazer um investimento em FII, você obtém uma pequena parte em imóveis.  

Nesse investimento, o patrimônio é dividido em cotas com quantias iguais, negociadas na bolsa de valores. Assim, o preço dessas porções muda com mais frequência, conforme a demanda do mercado. Por conta da sua forma de negociação e incerteza quanto à rentabilidade, os Fundos Imobiliários são considerados investimentos de renda variável 

O principal propósito dessa aplicação é obter lucro por meio da locação, arrendamento, venda do imóvel e atividades desse setor. Além disso, todo investimento em FII possui um regulamento, especificando a sua política de operações.  

Existem diversas opções de Fundo de Investimento, porém, o FII se classifica, basicamente, em três modelos. São eles: 

  • Fundos de tijolo: também conhecidos como fundos de renda, são os que investem em ativos reais, ou seja: imóveis físicos como hotéis, edifícios empresariais, shoppings etc. Quem opta por este tipo, costuma ganhar com aluguéis. 
  • Fundos de papel: nesta modalidade, o patrimônio é composto pela compra de títulos, como LCI, LCA, CRA, CEPAC entre outros. 
  • Fundos híbridos: como sugere o nome, este tipo mescla a carteira do investidor com as duas modalidades citadas anteriormente. 

Descubra como funcionam os FII 

Para começar um Fundo de Investimento Imobiliário, a instituição financeira responsável deve apresentar ao mercado o regulamento com a política de investimento e diretrizes do grupo. Logo depois, a primeira oferta poderá ser realizada, as cotas emitidas e lançadas. 

Dessa forma, os interessados podem comprar a quantidade desejada de frações do patrimônio e se juntar aos demais cotistas do grupo. Assim, com o capital arrecadado, o gestor começa a adquirir os ativos, obedecendo à política de investimento proposta. Inclusive, o gestor é o responsável por fazer o acompanhamento diário do mercado e do patrimônio. 

Vantagens x Desvantagens: conheça agora 

Igual a qualquer outro tipo de investimento, o FII possui vantagens e desvantagens. Claro que isso deve levar em consideração, também, o perfil do investidor e o seu objetivo. Podemos citar como vantagens: 

  • Possibilidade da isenção do Imposto de Renda: se aplica sobre os rendimentos distribuídos pela cota e devem se encaixar nas seguintes condições: pessoas físicas que têm menos de 10% do total de parcelas em apenas um fundo, o produto estar listado na bolsa de valores e ter pelo menos 50 cotistas. 
  • Diversificação de carteira: como mencionamos, você pode investir em FII com pouco dinheiro. Dessa forma, é possível diversificar sua carteira e diminuir os seus riscos. 
  • Baixa aplicação: você consegue adquirir uma fração de imóvel por um preço relativamente baixo, principalmente se comparado à compra de um bem físico. 
  • Liquidez: principalmente, se comparado a um imóvel, a liquidez de uma FII é maior. Você tem liberdade para vender suas aplicações a qualquer momento. 
  • Facilidade para comprar e vender: você pode adquirir ou comercializar uma cota pelo site da sua corretora. Sem muita burocracia! 

É nosso papel mostrar para você que também há desvantagens nessa categoria de operação. Assim, observamos como desvantagem a necessidade e dependência de um gestor. Então, se esse não for eficiente, o seu resultado não será positivo na aplicação. Além disso, também consideramos um demérito os custos de corretagem, que são as taxas que algumas corretoras cobram. Entretanto, isso não é uma regra! Há empresas no mercado que têm tarifa zero para esse tipo de negociação. Ainda, como mencionamos, essa é uma modalidade de renda variável, então, não é recomendado para todos os perfis de investidores. 

O que saber para escolher a melhor opção de investimento em FII 

Na hora de escolher um investimento em FII, deve-se considerar alguns aspectos relacionados ao seu perfil de investidor, bem como o mercado atual. Por isso, você deve se manter informado sobre o setor. Então, invista suas leituras em materiais sobre renda variável e mercado imobiliário, por exemplo. 

Outra prática importante é analisar se o preço está de acordo com o esperado. Verifique se as cotas apresentam valores justos. Para isso, basta dividir o valor do patrimônio total do fundo pelo número de cotas. Se o resultado for abaixo do negociado na bolsa, é sinal que está caro. Mas, nem sempre, o caro é mau negócio. Portanto, é importante manter-se atualizado. 

Apesar de existir uma possibilidade de isenção do Imposto de Renda, como mencionamos na seção anterior, esse é o único tributo sobre os FIIs. Por isso, também, se torna uma excelente opção de investimento. Assim, quando você vende suas cotas, é cobrada uma alíquota de 20% sobre os lucros obtidos. Então, você sabe, é preciso incluir essa operação nas suas apurações mensais, gerar o DARF, pagá-lo e inclui-lo em sua declaração anual do Imposto de Renda. 

Bom, como podemos ver, o investimento em FII pode ser uma ótima possibilidade para você, investidor, aplicar seu dinheiro. Dessa forma, basta analisar o seu perfil, seus objetivos e manter-se informado sobre o mercado. Para isso, você pode contar conosco. Então, continue lendo o nosso blog e fique por dentro do mundo dos investimentos.  

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