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Como funciona a flutuação da taxa Selic? 

25/11/2024

Como funciona a flutuação da taxa Selic? 

A taxa Selic é um dos principais instrumentos de política monetária no Brasil e ela influencia a economia e as decisões financeiras dos cidadãos.

A flutuação da taxa Selic ocorre em resposta a diversos fatores, como a inflação, o crescimento econômico e as metas estabelecidas pelo Banco Central 

Como essas mudanças na taxa impactam o dia a dia das pessoas e as operações do mercado?

Compreender esses mecanismos é vital para investidores, empresários e consumidores que buscam otimizar suas decisões financeiras.  

Neste artigo, vamos entender os principais fatores que influenciam a alta ou a queda dessa taxa e as implicações de suas variações. 


O que é a flutuação da taxa Selic?
 

A flutuação da taxa Selic refere-se à variação da taxa de juros básica da economia brasileira, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Essa taxa serve como referência para as demais taxas de juros praticadas no mercado, afetando empréstimos, financiamentos e investimentos. 

Ela tem um papel primordial na regulação da inflação e no controle da demanda agregada.

Quando a Selic aumenta, o crédito encarece, desacelerando a economia. Em contrapartida, uma redução na taxa incentiva o consumo e o investimento. 

A taxa Selic é utilizada também como um sinalizador das expectativas econômicas. Se a taxa é elevada, pode indicar preocupação com a inflação.

Por outro lado, uma taxa mais baixa pode refletir uma intenção de estimular o crescimento econômico. 


Histórico e variações recentes
 

A flutuação da taxa Selic apresenta um histórico de mudanças significativas ao longo dos anos.

Desde sua criação em 1999 até os dias atuais, a taxa passou por diversas oscilações em resposta a condições econômicas internas e externas. 

Nos últimos anos, houve uma tendência de redução da taxa, acompanhando a desaceleração econômica e a necessidade de estímulo.

Por exemplo, em 2020, em resposta à pandemia, a Selic foi reduzida a níveis historicamente baixos, impactando diretamente o consumo e o mercado de crédito. 

Entre 2021 e 2023, a taxa aumentou significativamente, alcançando 13,75% ao ano, como resposta à inflação crescente, segundo a XP. 

No entanto, no final de 2023 e início de 2024, a taxa começou a ser reduzida devido à melhora nas expectativas inflacionárias, mas, em setembro de 2024, o Comitê de Política Monetária voltou a elevar a Selic em resposta a novas pressões inflacionárias e a uma atividade econômica forte.  

Economistas da XP Investimentos projetam que a Selic possa chegar a 12% até o final de 2025, à medida que o Banco Central busca alinhar a inflação à meta de 3%.

A variação da taxa continua a ser monitorada de perto, e eventos de natureza global e desafios econômicos internos podem levar a novas alterações. 


Quais são os mecanismos envolvidos na flutuação da taxa Selic?
 

A flutuação da taxa Selic é influenciada por diversos fatores que afetam a economia. Nos próximos tópicos, são apresentados os mecanismos que ajudam a entender como essas variações ocorrem. 


Política monetária e o Copom

A flutuação da taxa Selic é determinada pela política monetária, que busca controlar a inflação e estabilizar a economia.

O Copom se reúne a cada 45 dias para avaliar as condições econômicas e decidir sobre ajustes na taxa Selic. 

As decisões do órgão são baseadas em análises de indicadores econômicos, como inflação e crescimento do PIB.

A apresentação de relatórios e as comunicações transparentes ao mercado é essencial para que investidores e consumidores entendam as expectativas de juros futuros.  


Indicadores econômicos 

Diversos indicadores econômicos afetam a flutuação da taxa Selic. A inflação, medida pelo IPCA, é um dos principais parâmetros considerados.

Quando a inflação ultrapassa a meta estabelecida pelo Banco Central, a Selic pode ser elevada para conter o aumento de preços. 

O crescimento econômico também desempenha um papel importante. Em períodos de robustez, a taxa Selic pode ser ajustada para evitar superaquecimento.  

Quando a taxa de desemprego é alta, isso geralmente indica que a economia está fraca, com menos pessoas trabalhando e, consequentemente, menos consumo.

Em um cenário de alta taxa de desemprego, o Banco Central pode optar por reduzir a Selic para estimular a economia. 

No caso da balança comercial, que mede a diferença entre exportações e importações, ela também impacta a Selic.  

Um superávit na balança comercial (quando as exportações superam as importações) pode fortalecer a moeda local, o que ajuda a controlar a inflação, já que produtos importados se tornam mais baratos.

Nessa situação, o Banco Central pode manter ou reduzir a Selic. 


Demanda e oferta de crédito

A flutuação da taxa Selic impacta a demanda e a oferta de crédito no mercado.

Taxas de juros mais altas tornam o crédito mais caro, o que reduz a demanda de empréstimos por consumidores e empresas. Isso pode levar a uma diminuição do consumo e do investimento. 

Por outro lado, a redução da Selic torna o crédito mais acessível. As empresas podem aproveitar essas condições para expandir seus negócios, impulsionando a economia.

A dinâmica entre a taxa Selic e o crédito é um processo contínuo que reflete mudanças nas expectativas de mercado.  


Quais são os impactos da flutuação da Selic?
 

A flutuação da taxa Selic traz diversas consequências para a economia, influenciando a inflação, o mercado financeiro e o crescimento econômico.

Esses efeitos são interconectados e podem moldar as decisões dos agentes econômicos, como investidores e consumidores.  

No caso do mercado financeiro, altas na taxa geralmente levam os investidores a buscar ativos de renda fixa, pois muitas vezes eles se tornam mais atraentes em comparação com ações 

Isso pode resultar em uma queda nos preços das ações. Os fundos de investimento também são afetados, pois as rentabilidades de alguns deles, como os fundos DI, estão atreladas à Selic. 

A flutuação da taxa Selic também exerce influência sobre o crescimento econômico.

Taxas mais altas tendem a conter o crescimento, pois encarecem os financiamentos e reduzem a disponibilidade de crédito. Isso pode levar a uma desaceleração em setores estratégicos da economia. 

Por outro lado, uma taxa Selic baixa pode impulsionar o crescimento econômico, favorecendo investimentos e o aumento do consumo.

As empresas se sentem mais seguras para expandir suas operações, pois o crédito acessível se torna um facilitador. 

Essa relação entre taxa de juros e crescimento é um fundamento importante na política econômica.  

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