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Ibovespa mantém alta e atinge recorde: até onde o índice pode chegar?

15/12/2023

Ibovespa mantém alta e atinge recorde: até onde o índice pode chegar?

Mesmo diante de algumas interpretações que apontam para uma postura mais rígida do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à política monetária, o Ibovespa permanece em alta após o último pregão, renovando a máxima histórica intradia na manhã da última quinta-feira (14).

O índice mantém seu ímpeto positivo em meio ao cenário de cortes de juros no país e à expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve.

Durante a manhã desta quinta, o índice atingiu a marca de 131.295 pontos, registrando uma alta de 1% às 10h37, horário de Brasília, mesmo após a sessão anterior ter apresentado um forte otimismo, com um aumento de 2,42% e alcançando os 129.465,08 pontos, seu maior nível desde 24 de junho de 2021.

A euforia no mercado foi impulsionada pela decisão de política monetária do Federal Reserve, que manteve, de forma unânime, a taxa de juros de referência na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

O gráfico de pontos revelou que 15 dirigentes do Fed preveem juros entre 4,25% e 5% em 2024, com a maioria esperando uma faixa entre 3% e 4% até o final de 2025.

Diante dessas indicações, a interpretação predominante no mercado é que os juros nos Estados Unidos já ultrapassaram o ponto mais alto do ciclo de elevação dos custos de crédito e tenderão a se estabilizar em níveis mais condizentes com o apetite por risco.

O mercado agora estima uma probabilidade de 76,1% de que o Federal Reserve inicie cortes de juros em março de 2024, conforme dados da CME.

O presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou essa perspectiva em sua fala, indicando uma postura ‘dovish’.

Essa mudança de discurso foi interpretada como um ponto de inflexão, marcando o fim do ciclo de altas e sinalizando uma fase de cortes.

Essa leitura impactou diretamente as bolsas, com ganhos expressivos.

No mesmo dia, após o fechamento do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, reduzindo a taxa de referência brasileira de 12,25% para 11,75% ao ano.

Embora a decisão estivesse alinhada com as expectativas do mercado, o comunicado do Copom foi ligeiramente mais contido do que o antecipado, refletindo uma postura cautelosa diante das melhorias na conjuntura econômica global e doméstica.

Otimismo continua para 2024, mas há alertas

O cenário internacional e as perspectivas de redução de juros no Brasil contribuem para a continuidade do otimismo dos analistas em relação à Bolsa brasileira, que também projetam para 2024.

A XP destaca o ciclo de corte de juros no Brasil como um dos fatores que fundamentam sua visão positiva, estimando um valor justo para o Ibovespa em 142 mil pontos para 2024, destacando também um valuation atrativo das ações brasileiras.

Outras corretoras, como a Guide Investimentos, compartilham da visão de que o Ibovespa ainda apresenta uma valorização considerável em termos de valuation, mantendo uma projeção otimista para os próximos meses, especialmente em 2024, com um target de 155 mil pontos.

Os analistas observam setores historicamente sensíveis aos ciclos de juros, como Saúde, Educação, Imobiliário, Financeiro, Varejo e Transportes, como potenciais beneficiários desse cenário positivo.

Apesar do otimismo para 2024, alguns alertas são levantados, incluindo possíveis desafios nos Estados Unidos, como uma recessão e preocupações com a inflação.

No que diz respeito ao câmbio, a tendência é de queda para o dólar no médio e longo prazos, em parte devido à postura mais conservadora do Copom, que, ao reduzir os juros de forma menos acelerada, contribui para a valorização do real.

O dólar comercial registrava uma queda de 0,32%, sendo cotado a R$ 4,902 na compra e na venda.

O Ibovespa como farol em meio às decisões de política monetária e projeções para 2024

Em um contexto de expectativas favoráveis, o Ibovespa destaca-se ao atingir novas máximas históricas, mesmo diante de sinais de cautela do Copom.

As recentes decisões do Federal Reserve e do Copom reforçam a confiança dos investidores, impulsionando o índice para patamares recordes.

O otimismo persistente, fundamentado no ciclo de cortes de juros no Brasil e nas perspectivas globais, reflete-se nas projeções positivas das corretoras para 2024.

Apesar dos alertas para desafios futuros, como uma possível recessão nos Estados Unidos, a visão geral é de que o mercado brasileiro permanece em uma trajetória ascendente.

O impacto nas bolsas, aliado à perspectiva de queda do dólar, sugere um ambiente propício para investimentos em renda variável.

O Ibovespa, assim, consolida sua posição como um indicador resiliente e relevante da dinâmica econômica no Brasil.

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